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sexta-feira, setembro 05, 2008

Avante... 

Hoje é dia de festa do Avante
Considerações políticas à parte, uma festa de mão cheia…
Durante anos, partilhei com o André (e com os pais dele) os sabores desta festa, desde a fraternidade de Braga, às “pitadas” de Cuba, sempre embalados pelos inevitáveis (e vários) mojitos… aqueles que nos faziam sonhar, abraçar e jurar que a Amizade não morre…
São tantas as recordações que tenho daquele espaço, daquela baía, daquela quinta… em comum têm apenas o sorriso do meu “Mano”…
Dentro de umas horas, conto quebrar as (fortes) amarras do meu dever e rumar até à festa, para aí caminhar e partilhar o momento com os pais… aqueles que num desabafo mudo, me deram a entender que precisam de companhia…
Depois de “correr” o nosso grupo, que sempre acreditámos ser cada vez mais “unido”, chego à conclusão que o tempo não tem esse condão…
Meu amigo, You Will Never Walk Alone… Até logo… Se por acaso não te vir naquele mar de gente, faz-me sinal…

Um abraço do teu Amigo que tenta fazer jus ao nome da festa… não está fácil…

terça-feira, junho 24, 2008

Desgosto... 

Há dias, um amigo disse-me, em jeito de desabafo, que “o desgosto mata parte do que somos” …
A azáfama em que vivo (e aprecio) cerceia-me a disponibilidade (e por vezes a vontade) de escrever…
No entanto, e diante de (mais) um velório, não me canso de repetir (começando por gritar alto a mim mesmo) … "Carpe Diem!"
Perante o facto, é irónico que brindemos ou demos graças (passe a eventual conotação religiosa) à vida, sobretudo quando nos deparamos com a (inevitabilidade da) morte…
Perante isso, acredito que o desgosto não mata apenas parte do que somos, como também mata parte do que temos, nomeadamente os sonhos… e isso relembra-nos que ficamos mais pobres…
E isso lembra-me a (eterna) discussão com o André ao ouvirmos o "Disse Fêmea"...
Infelizmente, descobrimos da pior maneira possível que eu tinha razão... e o que eu dava para estar errado...

Aqui fica...


"Mal eu sabia
Que a vida rouba os sonhos
Mal eu sabia
Que o mundo nos desmama
De paixões surdas,
Cava na cara
Sulcos secos,
Sulcos secos" ...

A verdadeira Criança... 

No passado dia 1 de Junho, o meu “irmão” André fez 30 anos, devidamente celebrados em sua casa (o Mundo em geral, a Zambujeira do Mar em concreto), sendo que se engalanou para nos receber, como habitualmente…
A Criança brilhou, como é próprio… de facto, não me ocorreria nada mais apropriado que ser dele o Dia Mundial da Criança…
Deixo por isso presente um brinde ao Cidadão do Mundo e a todos os que partem para a Viagem…
Ah, e que, de caminho, bebem uma com o meu irmão… não vos digo para levarem saudades, isso já ele sabe...
Até já mano...

O nosso abraço...

sábado, maio 03, 2008

REW... 

Mano,
Olho para trás, para este último ano e meio... o (mais) vazio da minha vida... e sinto bem vincado a força do tempo que decorreu desde a última vez que demos um abraço, ou melhor, o nosso abraço...
Sei que não precisas que te diga o que se passa, tu sabes... tu a quem eu sentia que só não te dizia tudo, porque tu sabias grande parte mesmo antes de to dizer...
Há momentos que continuam a ser nossos... depois de tudo que já escrevi, voltei a ver in loco o Jorge Palma algumas vezes, Portishead, The Gift (ok... algo simples...), cruzei a nossa costa vicentina, invadi Madrid... enfim, tudo aquilo que será sempre genuinamente nosso...
Quando ouvi "Gloribox", recordei as nossas flutuações pelos sentimentos humanos, pelos ideiais, pela alegria de viver, tudo partilhado sob o nascer do sol da Zambujeira, que fizeste tua casa (como se já não o fosse...).
Sabes que por vezes (espero que compreendas) não evito as mais rebeldes, aquelas que me saltam para o rosto mesmo antes de as tentar limpar... eu tento, porque te conheço como ninguém e sei que não queres...
O nosso "velho do Restelo" de Liverpool parte segunda-feira para o México... lá vem à memória aquelas coisas mundanas sobre as quis nunca ninguém quer falar...
Por vezes canso-me de (tentar) ser sempre forte, de abraçar os nossos amigos e não chorar por ti... já tenho de o ser a nível profissional... mas enfim, tu sabes que eu aguento tudo...
Esta semana o teu homónimo Puto (palhaço!) fez mais uma festinha simples e tropical... como sempre gostámos... "chegámos-lhe" bem, como calculas... mas há sempre uma cadeira por ocupar... sobretudo na margem sol...
Quanto aos "velhos", caminham com a força que todos invejamos... confesso-te a ti, não a eles, que os admiro mais a cada dia que passa... agora confirmo da pior maneira de onde veio "isso tudo"...
Não te chateio mais por hoje, calculo que andes ocupado... quero apenas dizer-te, uma vez mais, até breve Andrézinho...

PS - Ver os jogos de Liverpool, ainda que na televisão... é algo único... tal como o sinto de cada vez que falo, de forma incontornavelmente apaixonada, a outros sobre a nossa epopeia de Liverpool, nomeadamente daqueles "gigantescos" pormenores... aqueles cuja tua capacidade para os criar e captar era única...

Aquele Abraço...

Asas e o céu como limite... 

Ontem, durante um jantar tropical (gracias Inês...), alguém me perguntava se ainda mantinha o meu desconforto (se fosse só isso) em voar...
Há um par de meses, mais de um ano após a partida do meu Mano para a maior das suas viagens, voltei a entrar num avião...
Escrevo aqui o que disse ontem... ou seja, que nunca me senti tão confortável no interior de um avião...
O porquê? Bem, esse é ambíguo... talvez tenha sentido que tinha menos a perder... mas essencialmente senti-me tão perto...
Ainda assim, a falta daquela gargalhada...
Volto a dizer... o tempo não cura... mas mostra-nos que tudo é possível...

domingo, janeiro 13, 2008

Cura... 

Depois de mais de um ano, posso afirmar que o tempo não cura…
O tempo talvez ensine a lidar com a dor, pois aprende-se a valorizar o que temos:
Um pôr-do-sol num sítio inesperado, um fim de tarde a contemplar o mar… ou apenas o valor do abraço de alguém de quem se gosta… vulgo “coisas simples”…
Ao fim de mais de um ano, sou um homem mais pobre… falta-me o meu melhor amigo, aquele a quem tratava sentidamente por “mano”…
Estou mais velho, não na idade, mas no espírito, na alma… Não o faço por qualquer “luto” ou determinação… (não) acontece naturalmente…
Eu prometi (me) que ia tentar dar mais valor (ainda) à vida… talvez dê, mas o mundo, pelo menos o meu, está menos brilhante…

terça-feira, dezembro 18, 2007

Entre ( ) 

Sinto que tenho muito por dizer... vários foram os momentos sobre os quais me falta (ainda) a força, ou inspiração, se quiser ser mais "mundano"...
Contudo, e em consonância com o post anterior, deixo "ispis verbis", a mensagem que recebi, há dias, proveniente da Escócia... tenho dito...

" Hope this doesnt cost you too much but had to thank you.
Well done BENFICA obrigado good luck in eufa cup"


PS - Sei bem quem deveria ter recebido esta SMS...

terça-feira, novembro 20, 2007

Lemas Eternos 

No passado dia 24 de Outubro, Lisboa viu-se inundada por um mar de Escoceses, trazidos a terras Lusas para acompanhar (como sempre) o clube que “professam”… Benfica x Celtic, futebol a contar para a Liga dos Campeões…
Depois de um cuidadoso (e sempre falível) planeamento para que nesse fim de tarde nada obstasse a ver in loco a contenda, juntei-me ao Stanley (uma espécie de Tom Hanks, isolado numa ilha remota, mas com a diferença do seu “Mr. Wilson” ser bem maior e chamar-se barriga) e rumámos ao “Irlandês”, sim, porque aquele ponto de encontro nunca exigiu grandes marcações.
Ali, tal como nas ruas e no Estádio, o convívio foi demolidor… um intercâmbio de culturas e formas de estar, tudo ao sabor de um enorme “fair play”…
Acho que estivemos “bem” e até boleia demos para a Luz a três escoceses, que de forma natural (para quem entende), se predispuseram a retribuir a cortesia em Glasgow.
No entanto, a forma sentida como cantavam YOU WILL NEVER WALK ALONE… Bem, aí tornava-se (ainda mais) evidente que o nosso “embaixador natural” não marcava presença… ou melhor, não apareceu…
Sim, porque eu vi muitas ”criancinhas” a chorar, noite fora, ao som desse eterno Hino… mesmo aquelas que não apreciam o futebol, mas que amam a amizade…

Nunca mais... 

Cascais, 30 de Outubro de 2007

Hoje, apesar da carapaça formal – motivos profissionais – sinto-me liberto…
Aqui sentado, rodeado pelo turbilhão provocado por pessoas que querem aparentar o que não são, recordo a nossa “touradinha” da Sábado, maratona para alguns, contra-relógio para outros…
Apesar da individualidade de cada um, dois sentimentos eram comuns à meia centena: a alegria de novo encontro e a sensação de vazio, de um momento incompleto…
Olhei em redor e vi, num ápice, grande parte da minha vida... senti-me um felizardo…
Contudo, não consigo (nem quero) despir este manto de insatisfação constante que cobre o meu coração… O motivo? O André…
Há quase um ano que Ele enveredou por outro caminho – típico do André – certamente bem mais “tropical”, e seguramente com aquele “toque” só dele, como que uma espécie de "Midas" da Alegria e vontade de viver…
A mim, e aos restantes, resta sorrir, aproveitar e concluir que, apesar dos momentos felizes e especiais do último ano, nunca mais vai ser a mesma coisa…
Ao André, meu “mano”, duas palavras que conhecia “a peito”: aquele abraço!

quinta-feira, setembro 20, 2007

HAN 

No passado dia 16 de Setembro, num raro momento televisivo, ouvi a referência à palavra coreana “HAN”.
Ando há quase 10 meses, (serão 100.000 anos, nas palavras do Outro?) a tentar dizer algo… “HAN” ecoou-me pelo coração…
Significa um estado de espírito da alma, com uma tristeza tão profunda que não caem lágrimas… E ainda assim… Há esperança…

Palavra de Mãe... 

Culto, inteligente, não materialista.
Amigo – muito – do seu amigo.
Apaixonado não correspondido, mas com soluções para estas falhas na amizade dos amigos.
Era assim que o meu querido filho encarava o mundo… encontrando solução para tudo.

9 meses, tanta saudade…

A Mãe do Andrezinho.

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